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    Mais de 6 milhões de cidadãos australianos tiveram dados roubados somente ano passado

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    Em épocas em que o tema privacidade e proteção de dados tem sido tão debatido, cada vez mais países do mundo todo tem buscado soluções para proteção de seus cidadãos da ameaça digital, que cresce cada vez mais à medida que a digitalização alcança novos patamares. A Austrália é um destes países que têm sofrido com isso.

    Uma pesquisa da Australian National University (ANU) que entrevistou 3.000 australianos mostrou que pelo menos 1 a cada 3 tiveram seus dados pessoais – como números de carteira de motorista e endereços -, roubados em 2021. Isso representa cerca de 6,4 milhões de pessoas.

    De acordo com a pesquisa, a faixa etária mais propensa a esse tipo de situação é a dos 25 aos 34 anos.

    Coautor do estudo, Nicholas Biddle, comentou o resultado afirmando que os números foram “um pouco” maiores que o esperado: “Muitos australianos não saberiam que tiveram seus dados roubados, então o número real seria ainda maior”.

    Roubo de dados tem reduzido a confiança do público no país

    De acordo com a pesquisa, essas violações não só têm colaborado na redução do nível de confiança depositada pelo público nas empresas envolvidas nas violações, como também têm impactado todo o mercado australiano.

    O país tem precisado lidar com escândalos sobre privacidade e proteção de dados com alguma frequência e os mais relevantes foram até então a violação envolvendo a Optus que impactou milhões de pessoas, a violação da Bunnings, da Red Cross Australia, da Woolworths, e da NSW.

    “Há efeitos de fluxo para o sistema mais amplo quando uma grande instituição sofre uma violação como essa”, afirmou Biddle.

    Os escândalos de privacidade têm prejudicado a confiança da população mundial de tal forma que muitos não se sentem mais à vontade de compartilhar seus dados com qualquer instituição.

    Biddle falou o seguinte sobre isso: “Pessoas com menor confiança em instituições com relação à privacidade de dados são menos propensas a usar códigos QR para check-ins”, “E no próximo ano pode ser algo relacionado a inundações ou algum outro uso de dados que seja útil para a prestação de serviços públicos.”.

    Através da pesquisa também foi possível detectar uma mudança no sentimento da população sobre dar seu apoio a uma regulamentação mais forte que garanta maior proteção, pois o número de pessoas que afirma que o governo deveria regular o uso de dados pelas empresas subiu de 84% para mais de 90%.

    Além disso, 96,2% dos entrevistados afirmaram que as empresas que não oferecem a devida segurança aos seus consumidores devem enfrentar sanções significativas.

    “Houve um aumento na proporção de pessoas que pensam que os indivíduos dentro das empresas em particular devem ser responsabilizados pessoalmente”, “Isso abre a oportunidade para o governo trazer regulamentação”, disse Biddle.

    Por fim, é fato que as pessoas parecem estar mais abertas a ideia de apoiar a regulamentação do governo em cima da forma como as empresas tratam os dados pessoais, porém Biddle alerta: 

    “Todos esses regulamentos podem ter um custo – podem aumentar o custo dos serviços para os consumidores – mas as pessoas parecem mais dispostas a arcar com esse custo”.





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